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Alexandre Vasarhelyi – Conhecendo os detalhes do Clube de Campo de São Paulo

por redação

por_ Alexandre Vasarhelyi*

Com pouco mais de 6.200 jardas, o campo pode ser considerado curto para os padrões atuais, mas não se iluda, pois, através de greens pequenos, raias quase sempre em desnível e muita vegetação, o percurso é um verdadeiro teste de golfe, e só as tacadas precisas vão ser recompensadas. Como raramente você vai estar numa superfície plana, tais tacadas não aparecem com abundância.

O primeiro buraco, um par três em declive, já mostra o caráter pouco convencional deste campo. Desafio o leitor a elencar outro campo com dimensões “oficiais” que inicia em par três. A primeira volta é pródiga em buracos curtos, e são ao todo quatro pares três, inclusive dois em sequência. Neles são exigidas tacadas completamente diferentes, e não se tem uma sensação de repetição. Diversamente, é nos pares três que o campo exige os diferentes tacos de sua bolsa.

O segundo buraco é um par quatro também em declive, com lago à direita e à esquerda da raia. Um tiro reto é fundamental para não correr o risco de penalidade logo no início do jogo. Entre os pares três, o mais longo e difícil é o 5. Nele, evite a banca da esquerda, pois é muito complicado fazer o up and down de dentro dela, e os melhores erros são à frente e à direita do green.

À beira da Represa de Guarapiranga, o campo é ideal para quem quer desfrutar uma experiência única com a família; em meio a 200.000 m2 de mata nativa, é comum a presença de esquilos, macacos, tucanos e outros bichos

Um segredo para jogar bem nesse campo é sempre tentar identificar as áreas de maior perigo, pois existem erros que são punidos de forma desproporcional. Então, mais importante do que decidir onde jogar é decidir onde não jogar. Passar o green do 4 ou errar o green do 11 pela direita são dois bons exemplos disso.

A segunda volta é mais aberta e oferece ótima sequência de buracos, começando pelo excelente 10, onde o ideal é mirar no meio do lago e bater de fade, o que abre o green para o segundo tiro. O 12, o famoso camelo, é outro buraco bem diferente, e um bom driver vai deixar você no topo da corcova, de onde se tem ótima visão do green. Qualquer coisa diferente disso vai deixar você com um tiro cego, por isso capriche no swing.

O 16 é o cartão-postal do campo e provavelmente também seu melhor buraco, um par quatro em dog leg para a direita, onde apenas um tiro reto de 220 jardas será suficiente para ter uma visão desimpedida do green. A precisão aqui é fundamental, pois 30 jardas a menos e você vai ficar sem tiro nenhum para o green, e 30 jardas a mais vão deixar você em uma daquelas áreas impossíveis do campo. O green desse buraco é bastante ondulado, então use essas inclinações para atacar a bandeira. Esse é um daqueles buracos em que o birdie e o double bogey caminham muito próximos.

Muitos torneios já foram decididos no buraco 18, um dog leg à esquerda que, à primeira vista, pode parecer simples, mas cujos ângulos guardam muitos segredos. Apenas após muitas tentativas você aprende a jogar esse buraco, mas, se eu puder oferecer um conselho, evite a qualquer custo errar a raia pela esquerda, pois essa área não é chamada de cemitério indígena por acaso.

_ Alexandre Vasarhelyi tem handicap 3 e é correspondente brasileiro do portal Top 100 golf courses, o maior site independente de campos de golfe do mundo.

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