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Desafios no Caribe

por redação

Corales Golf Course passa a sediar evento do Web.com Tour e, ao lado do La Cana, é destino obrigatório para golfistas do mundo todo

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O jogo de cores é impressionante: de um lado, o verde escuro da grama – e olha que há 930 mil metros quadrados de gramado, sempre em condições impecáveis. Do outro, o verde claro do mar – e olha que não é qualquer mar, e sim o do Caribe. Também há o azul dos lagos, sempre estrategicamente posicionados. E, para completar o cenário, o branco das bancas de areia, cuja beleza é tão grande quanto a dificuldade que representam para o jogo.

O colorido não é privilégio do Corales Golf Course at Puntacana Resort, em Punta Cana, na República Dominicana, já que há dezenas de campos de golfe localizados no Caribe. Mas poucos proporcionam uma experiência tão intensa, tanto para os olhos, quanto para a mente.

O Corales é também o único campo do Caribe desenhado pelo americano Tom Fazio, um ícone do design de campos de golfe. Mesmo se você focalizar apenas o jogo e esquecer o visual estonteante – o que, convenhamos, é praticamente impossível de fazer – ainda assim sairá do campo impressionado com o seu design instigante.

“Quis fazer um campo único e tive toda a liberdade para isso”, disse Fazio na inauguração oficial do campo, ocorrida em abril de 2010. Ele e o fundador do empreendimento, Frank Ranieri, costumam brincar que o coautor do campo é Deus, que já entregou pronto o design de vários buracos.

Quem se impressionou com toda a beleza do local e com o design do campo recentemente foram os golfistas do Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour americano. Em maio, aconteceu a primeira edição do Corales Puntacana Resort & Club Championship, primeira etapa do circuito na República Dominicana e a primeira a ser disputada numa ilha do Caribe.

O acordo entre o Puntacana Resort & Club e o PGA Tour, que organiza o Web.com Tour, será de três ano. Este ano, a bolsa foi de US$ 625 mil. O campeão do torneio foi o americano Dominic Bozzelli, que totalizou 264 tacadas (parciais de 69/63/64/68), ou -24 em relação ao par. Graças à vitória, Bozzelli terminou o ano entre os 25 primeiros colocados do Money List do Web.com Tour, e conseguiu o tão sonhado cartão para o PGA Tour no término da temporada.

O paulista Alexandre Rocha disputou o campeonato. Chegou a flertar com as primeiras posições e teve chances de lutar pelo título até chegar ao buraco 15 da rodada final, quando fez um bogey. Depois, fez outro bogey no 16 e um triplo no 17 o fez terminar empatado na 24ª colocação, com 273 tacadas no total (parciais de 70/68/62/73).

Rocha foi apanhado pela parte mais temida do campo, o Devil`s Elbow, ou Cotovelo do Diabo, como são conhecidos os três buracos finais do Corales. O buraco 16 é um par 4 que vai na direção do mar, ou seja, está muito sujeito ao vento. O 17 é um par 3 de 200 jardas, cujo green está bem na beira do penhasco.

É praticamente impossível sair seco desse green, pois as ondas que batem nas rochas e o vento criam uma neblina permanente no local. “É um buraco muito longo e com muito vento. Muito difícil. Tem que bater muito sólido na bola. A banca à esquerda do green é muito profunda”, diz Sam Ryder, vice-campeão do torneio.

jorge-allocco-photography-5O buraco 18 fecha a partida com emoção de sobra: o tiro de saída é dado por cima do mar, muitas vezes contra o vento. Quanto mais próximo do green o golfista quiser deixar a bola, mas vai se arriscar, pois terá de ter um voo mais longo sobre a água – é um daqueles momentos em que a beleza do verde claro do mar assume contornos assustadores.

“Venho aqui há cinco anos, e quando vi pela primeira vez, já quis realizar um evento do Web.com. O campo é esteticamente muito bonito, desafiador e competitivo, e em condições inacreditáveis de manutenção”, diz Bill Calfee, presidente do Web.com Tour até o final de 2016, quando irá se aposentar.

Em 2017, o Corales Puntacana Resort & Club Championship retorna ao campo, em data ainda a ser anunciada – é uma excelente oportunidade para assistir ao jogo e, depois, jogar no campo. Os golfistas amadores não têm por que se assustar, pois não precisarão jogar um campo de quase 7.600 jardas, como os profissionais do Web.com Tour fizeram.

Com cinco opções de tees de saída, o campo recebe muito bem todos os níveis de golfistas. As raias são muito generosas – algumas possuem mais de 150 jardas de largura, fazendo o risco de mandar a bola para fora de campo ser praticamente nulo.

“Tom Fazio é muito generoso com as áreas de pouso da bola, mas exige atenção dos golfistas nos approaches e com as bancas de areia”, resume Jay Overton, o diretor de golfe do clube. Overton já competiu em 24 majors do PGA e Champions Tour, além de ter trabalhado durante 34 anos no Pinehurst Country Club e Innisbrook Resort and Golf Club, nos EUA. Além de gerenciar o campo, está disponível para dar aulas e realizar clínicas.

Outra excelente opção de campo de golfe, também dentro do Puntacana Resort & Club, pioneiro no turismo da região, é o La Cana, que já foi escolhido pela Golf Magazine como número 1 do Caribe. Desenhado por P.B. Dye, filho do lendário Pete Dye, o campo também tem buracos correndo ao lado do mar, como o 8 e o 9 do Arrecife.

O campo tem 27 buracos, divididos em três campos de 9 – além do Arrecife, há o Tortuga e o Hacienda, este último inaugurado em 2012. O La Cana possui quatro buracos que são jogados ao lado do mar, e outros onze com vista para o oceano. O próprio P.B. Dye costuma frequentar bastante o campo, já que sua casa fica em um dos condomínios ao seu redor.

Uma boa pedida no La Cana Golf Club é o Golf and Beach Clubhouse, sede do campo, que possui piscina, restaurantes e spa. É ideal caso você esteja acompanhado por familiares ou amigos que não jogam, que nem sentirão o tempo passar enquanto aguardam o final da partida com todo o conforto.

Uma coisa é certa: com mais de 4,5 quilômetros de praias, 45 buracos de golfe em 15.000 acres de terra, tudo próximo do Punta Cana International Airport, o Puntacana Resort & Club é imbatível no quesito conforto e diversão para a família toda, golfistas ou não. 

O GUIA

ONDE DORMIR

Quem procura uma experiência única deve optar pelo Tortuga Bay Puntacana Resort & Club, sem dúvidas a melhor e mais exclusiva opção de hospedagem na região. No hotel boutique você tem direito a tratamento VIP desde a hora em que desembarca do avião, evitando todas as filas possíveis. Poucos minutos depois de pousar você já estará em seu quarto – uma vila desenhada por Oscar de La Renta (1932-2014), diante da praia – com a chave de seu carrinho de golfe particular e com um celular que pode ser usado para acionar o seu concierge.  Outra opção é o The Westin Puntacana Resort & Club, um resort de 200 quartos com vista para o mar localizado bem na Playa Blanca. Tem tudo a que um bom resort tem direito: piscinas, bares, trilhas, business centers e muito mais. A família vai adorar. Outra boa alternativa, mais voltada para homens de negócio, é o Four Points by Sheraton Puntacana Village, com 124 quartos, localizado bem em frente ao aeroporto. Se você quer algo mais privado ainda do que o Tortuga Bay, uma opção é o The Estates Experience, home & apartment rentals, onde pode usufruir do mesmo tratamento VIP do hotel butique em casas alugadas de três a seis quartos, localizadas de frente para o La Cana Golf Course.

ONDE COMER

O restaurante Bamboo, localizado dentro do Tortuga Bay, mistura cozinha moderna com influências do Mediterrâneo. O La Yola, localizado na Marina e estilizado como um barco de pescadores, é especializado em cozinha mediterrânea e em frutos do mar. O The Grill, no La Cana Golf & Beach Club, tem vista para o mar e tem carnes grelhadas – é uma boa pedida para depois do jogo matutino no La Cana. O Playa Blanca, que fica em frente à praia, é um restaurante tropical e bar que serve frutos do mar, grelhados e coquetéis.

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