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Interclubes Scratch de SP: São Paulo Golf Club conquista bicampeonato

por redação
Interclubes Scratch de SP: São Paulo Golf Club conquista bicampeonato

Na “Guerra dos Santos” entre dois dos clubes mais tradicionais do golfe paulista, o São Paulo Golf Club, da capital, recuperou-se da derrota por 3 x 2, em Cotia, no jogo de ida, na semana anterior, ao se impôs por 5 a 0 no jogo de volta, em seu campo, e conquistar por 7 x 3, nas soma dos dois jogos, o bicampeonato no 32º Interclubes Scratch Masculino do Estado de São Paulo – 2023, encerrado neste domingo, 17 de dezembro. O Interclube Scratch, organizado pela Federação Paulista de Golfe (FPGolfe), reuniu 14 clubes em 2023 e poderá chegar a 18, em 2024.

O “São – São”, São Paulo x São Fernando, é um clássico do Interclubes Scratch. Os dois clubes, venceram as cinco últimas edições do torneio e foram campeão ou vice nas nove edições disputadas desde 2013. Começando em 2015, os dois clubes estiveram juntos no pódio cinco vezes, com quatro vitórias do São Paulo (2023, 2022, 2019 e 2015) e duas do São Fernando (2021 e 2018).

Histórico

O torneio não foi jogado em 2020 por causa da pandemia e, em 2016 e 2017, o Damha foi campeão, nas duas vezes derrotando o São Paulo. O time da capital paulista foi primeiro ou segundo colocado nas oito últimas edições do Interclubes Scratch. O outro único vice-campeão do torneio nesse período foi o Ipê Golf Club, de Ribeirão Preto, que perdeu a final do ano passado para o São Paulo.

Até 2019 a disputa do interclubes scratch era feita dois dias, em jogos de duplas e individuais, com descarte dos piores resultados e somatória de tacadas, e ainda havia duas divisões, com acesso e descenso. A partir de 2021, o torneio passou a ser de match play eliminatório, a partir das oitavas de final, com um jogo de duplas best ball e quatro individuais, em confrontos de ida e volta.

Vantagem

O São Paulo começou a se impor quando Luiz A. P. Almeida, o Gugu, deixou Matheus Martinelli no buraco 12, uma vitória por 7 & 6, ou seja, vencia por sete buracos, restando seis a jogar. Pouco depois, foi a vez Walter Montovanini Neto, o Tito, que saiu no primeiro jogo individual do dia, fazer o segundo ponto do São Paulo ao superar Alex Yugo Hirai por 3 & 2.

O São Paulo marcou o terceiro ponto do dia, com a dupla formada por Marcelo Gullo, o capitão do clube, e Herbert Gauss, o primeiro jogo a ir para o campo. Eles ganharam por 3 & 1 de Alessandro Fabietti e Marcos Tomasi. O jogo já estava “dormie”, ou seja, a dupla do São Paulo vencia por dois buracos restando dois a jogar, quando Gullo acertou um incrível approach que deixou a bola a um palmo da bandeira do 17. Fabietti, que estava na banca da esquerda do green, precisava embocar de lá para levar o jogo para o 18. Esportivamente Fabietti “deu” a bola dos adversários, antes de tentar a jogada milagrosa, que errou por pouco.

Vitória

Restava mais um ponto para o São Paulo ser campeão e coube a Pedro da Costa Lima, o Pepê, capitão do time no Interclubes, garantir a vitória da equipe, ainda no buraco 16. Pepê, que vencia por duas deixou a segunda tacada na beira do green, mas perto da bandeira, com chances de birdie, enquanto Felipe Shuter, que passou o green jogou da banca do fundo para banca da entrada do green, de onde saiu mal, antes de reconhecer a derrota por 3 & 2, que deu o título ao São Paulo, dando início à festa da comemoração com direito a queima de fotos e de sinalizadores vermelhos, a cor do logo do clube, ali mesmo no buraco 16,

No último jogo do dia, que não valia mais nada, Thomas Choi, do São Paulo, cedeu o empate ao perder o buraco 16 para Leonardo Dale, e eles decidiram ir até o final, mais para o São Fernando tentar evitar o “pneu”, a derrota por “0”. Eles empataram o buraco17, mas Choi venceu o 18, depois de colocar a segunda no green, onde Dale só chegou com a terceira, e longe da bandeira, depois de bater o drive na água. Estava selada a vitória por 1 up e o placar de 5 x 0, dando início a nova comemoração do São Paulo, desta vez com direito a estouro e banho de champagne, na foto da vitória.

Match Play

Gullo, capitão do São Paulo, ainda comemorando sua tacada de aproximação no 17, que ajudou a selar a sorte do jogo, elogiou os adversários pelo fairplay e combatividade, mas lembrou que match play é um jogo totalmente diferente, muito emocionante, sobretudo por equipes, como nenhuma outra forma de competição no golfe. E pediu à FPGolfe em seu discurso, que nunca pare de organizar o Interclubes e ainda se esforce pelo retorno de outras competições de Match Play, como o Interfederações. Pedro Garcia, capitão do São Fernando, elogiou o São Paulo e disse que os adversários jogaram melhor e mereceram vencer.

Ademir Mazon, presidente da FPGolfe, única federação do país que organiza não só um Interclubes Scratch, como também os por handicap índex e feminino, lembrou que o Interclubes começou há mais de 30 anos como forma de treinar os times brasileiros para a Los Andes, o Campeonato Sul-Americano de Golfe por Equipes, que também tem jogos de Match Play individuais e de duplas, assim como as maiores e mais emocionantes competições internacionais, como Ryder Cup e Presidents Cup.

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