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Itanhagá aposta em novas modernizações

A manutenção de um campo de golfe é um trabalho árduo, específico e diário, como a administração de uma empresa e com grandes dificuldades, por depender da natureza e suas adversidades. A gestão deve ser profissional para que o campo e seus 9, 18 ou 27 buracos estejam sempre perfeitos e prontos para serem utilizados. E como gerir os trabalhos de uma renovação completa de uma volta inteira e fechar nove buracos durante meses para uma revitalização?

Esse foi o grande desafio deste ano do Itanhangá Golf Club, no Rio de Janeiro. O clube, fundado em 16 de maio de 1933, acaba de completar 85 anos, sendo um dos mais antigos do Brasil.

Ocupando mais de um milhão de metros quadrados, seus nove primeiros buracos ficaram prontos em julho de 1935, projetados e construídos pelo canadense Stanley Thompson. Hoje o clube conta com um campo de 27 buracos, 18 no campo principal, e um belo drive range, além de campos de polo, tênis, piscinas, restaurante e seis bares.

Para a reforma geral na segunda volta, do 10 ao 18, a diretoria contratou o arquiteto mexicano Agustín Pizá, único latino-americano membro do Instituto Europeu de Arquitetos de Campos de Golfe. Pizá tem mais de 17 anos no setor de design e desenvolvimento de campos de golfe nos EUA, na Europa e na América Latina, sempre com uma preocupação ambiental em seus projetos. Por causa disso, já foi escolhido entre os “25 maiores arquitetos mais sustentáveis” do mundo pela Green Planet Architects.

Conversando com a Golf & Turismo, Pizá disse que, no final das obras, o Itanhangá será um campo moderno e que os sócios e golfistas terão imenso orgulho do seu campo. “Em alguns buracos foi uma pequena alteração, em outros uma média modificação e em outros uma total transformação”, afirmou.

Alguns buracos tiveram suas ordens alteradas, exatamente dos buracos 11 ao 16, bancas e greens foram modificados para ajudar os novos golfistas e também ser desafiante para os mais experientes. O mais curioso é que o novo circuito, com a modernização realizada, trouxe de volta o traçado original projetado por Stanley Thompson.

Os greens tiveram um cuidado especial da equipe da Pro Golf, empresa responsável pelas obras, comandada por Antonio Carlos Miranda, e que também fez o Campo Olímpico de Golfe, no Rio de Janeiro. Serão greens de PGA, como nos melhores campos do mundo.

Pizá diz que tem como filosofia respeitar a natureza, pois a ciência do design de um campo de golfe é o equilíbrio entre os desafios do jogo e da natureza. “Os buracos têm que ser uma obra de arte funcional”, diz. Para a revitalização do Itanhangá houve um respeito à integração e beleza da região com pouca movimentação do terreno. O buraco 18, cartão-postal do clube e muito desafiador pelas águas no caminho, continuará difícil, mas justo, segundo Pizá.

As obras começaram em janeiro e ficam prontas no final de junho. Depois, a grama leva 90 dias para crescer. A previsão da inauguração é outubro ou novembro, já que, além das obras, o clube decidiu trocar as gramas dos fairways para a Zoyzia Zeon e nos greens serão a Tif Eagle, informou Antonio Lins, head pro do Itanhangá. “As alterações foram muitas, principalmente nos greens e nas bancas. A maior mudança foi no antigo buraco 11, agora o 13, que passou de par 5 para par 4”, acrescenta Lins.

Para o arquiteto mexicano, o campo, além de mais moderno, será mais interessante para o jogo e também mais bonito. “Gosto de pensar que a beleza do campo será para os olhos dos golfistas e não golfistas, pois a namorada tem que ir lá e apreciar o campo, o pôr do sol, as montanhas ao redor do Itanhangá, e sorrir como um golfista”. 

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