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Álvaro Almeida – O golfe brasileiro depois do coronavírus

por Redação

Por Álvaro Almeida*

Caros Golfistas!

Álvaro Almeida: empresário, ex-presidente da FPG e da CBGolfe. Foto: Zeca Resendes

O Golfe no Brasil vive um momento muito especial. Todos os torneios, amadores e profissionais, estão numa fase muito boa. Torneios com 100% de participação. Fila de espera para jogar. Patrocinadores importantes continuam a prestigiar os eventos. Novos patrocinadores chegaram para ficar e estão muito felizes com os resultados. Tanto isto é verdade, que começaram investindo em um torneio e hoje estão presentes em quatro ou cinco eventos. Os eventos empresariais cresceram e continuam fazendo sucesso. Os torneios beneficentes crescem ano após ano. Isso e muito mais!

Nas palavras acima os desejos e sonhos para o golfe brasileiro no futuro próximo. Teremos que arregaçar as mangas para trabalhar muito, todos os dias e em todos os campos de golfe do Brasil para que tudo se concretize. Assim é o meu desejo para o golfe brasileiro após essa paralização do esporte no mundo todo, devido a crise gerada pelo coronavírus. E, com certeza, a vontade de todos os golfistas brasileiros. Sejam profissionais ou amadores, ninguém tinha ficado tanto tempo sem ir para o campo dar suas tacadas. Essa fase está sendo uma experiência única e ficará na memória de todos que viveram o inacreditável tempo em que não havia um torneio de golfe acontecendo no planeta Terra.

No Terras de São José, em Itu (SP), onde passo esses dias com minha família, muitos torneios estavam programados e sendo realizados no início do ano. Um deles realizados normalmente às sextas feiras tinha cada vez mais participantes, já tivemos semana com três eventos simultâneos e todos com lotação completa. Os patrocinadores, com certeza, estavam felizes com o resultado positivo do investimento e continuam a apoiar o esporte. Vamos voltar ao mundo do golfe, seja em um mês ou mais, e trabalhar para que o ritmo volte ao normal. Após as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016 a mídia se voltou um pouco mais ao golfe e novos jogadores se formaram em todos os Estados do país. Os torneios abertos dos clubes, com jogadores profissionais ou amadores, aconteciam todos com patrocínios de altíssimo nível.

Conquista de novos golfistas

Mas, como em todas às atividades, precisamos investir na conquista de novos golfistas. Esse é o grande desafio do golfe brasileiro. Precisamos de renovação, como esta que está sendo desenvolvida com o Brasil Kids, com jovens participando dos torneios em todo Brasil. Uma renovação que se fazia necessária há muito tempo. Os clubes precisam entender, alguns já perceberam isso e dão bons exemplos, que o caminho é este. Alguns clubes ainda não enxergaram esta necessidade de renovação. Felizmente são poucos. A formação de novos golfistas é uma segurança para a sobrevivência dos próprios clubes.

As Federações e a Confederação precisam concentrar seus esforços na renovação e investirem em Marketing e Propaganda. Precisamos de Mídia para a divulgação do esporte. Se você tem Mídia, tem Patrocinadores. Se tem patrocínio, tem recurso. Se tem recurso, tem como investir. Se já não bastasse a luta buscando o crescimento, que não é fácil, com os resultados positivos acontecendo a médio e longo prazo, eis que surge o Covid-19 praticamente no início do ano e joga todo este esforço ladeira abaixo.

Clubes fechados, torneios suspensos e patrocinadores recuando em seus investimentos de marketing de uma maneira geral , atingindo de uma forma muito forte o nosso esporte. Difícil para todos, clubes e jogadores. Os clubes perdendo receitas e os jogadores sem poderem jogar. Além de um risco grande, da crise econômica obrigar alguns sócios dos clubes cortarem suas despesas, o que seria desastroso para os clubes e para os sócios. Os clubes sem receita e os jogadores sem poder jogar.

Esperamos que, quando esta edição estiver em suas mãos, já tenha diminuído toda esta loucura causada pelo Covid-19. Até porque, vamos precisar de alguns meses para colocar a “casa” em ordem. E, com estes meses, lá se foi o ano de 2020. Um semestre de crise e um semestre de recuperação. Para isto será necessário o esforço de todos. Não será uma tarefa fácil. Clubes e jogadores terão pela frente um desafio muito grande.

Esperamos que, unidos, possamos em 2021 recuperar o tempo perdido.

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