Golfe & Turismo

Pepê faz história no Aberto Amador do São Paulo e conquista sua sétima vitória

Pepê: sete vezes campeão do maior torneio de seu clube // Fotos: Thais Pastor/F2 Assessoria

Dois feitos memoráveis marcaram o 78º Campeonato Aberto Amador Masculino do São Paulo Golf Club – 2023, encerrado neste sábado, 22 de outubro, no  centenário campo da zona sul da capital paulista. Pedro da Costa Lima, o Pepê, defendeu com sucesso o título do principal evento de seu clube e venceu pela sétima vez, disparando como o maior campeão da história do torneio. Luca Almeida, de apenas 11 anos, também do São Paulo, estreou em campeonatos abertos com cinco acima, disparado o melhor resultado da semana em sua categoria, num dia em que fez um birdie e precisou de apenas 21 putts para fazer história.

Para os jogadores de handicap mais baixos (até 8,5), o torneio valeu para Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR) e para o Ranking Nacional, enquanto todos os demais competiram valendo para os rankings da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe). Com o título, Pepê voltará ao ranking mundial na lista a ser divulgada na próxima quarta-feira. Ele esteve no WAGR desde sua vitória no Aberto do São Paulo de 2022, até a semana passada, quando os pontos caducaram, após um ano.

Decisão

Aberto do São Paulo: Pepê vence pela sétima vez e faz história no torneio do Ranking MundialA rodada final começou com Pepê isolado em primeiro, mas com os sete primeiros do placar separados por apenas duas tacadas. As coisas pareciam ter se complicado para Pepê quando ele abriu o dia com dois bogeys nos primeiros cinco buracos, antes de reagir com três birdies consecutivos do buraco 7 ao 9, para jogar uma abaixo de ida. Pepê manteve esse resultado para vencer com 213 (71-72-70) tacadas, o par do campo. Pepê fez a única volta abaixo do par do domingo e apenas a terceira de toda a semana, marcada por posições de bandeiras difíceis e greens rápidos, com 10,5 pés no stimpmeter.

“É incrível poder vencer esse torneio mais uma vez”, comemorou Pepê, abraçado com o pai, Johnnie da Costa Lima. Pepê dedicou o título às crianças do Projeto Corujinha, ação social que atende 110 meninos e meninas no campo de nove buracos, sendo sete de par 3 e dois de par 4, construído numa fazenda da família em Louveira, na Região Metropolitana de Jundiaí, a 75 km da capital. “Alguns juvenis do Corujinha já estão pontuando para os rankings paulista e nacional e em breve teremos muitos outros seguindo seus passos”.

Destaques

Nenhum dos seis jogadores embolados no topo do placar que poderiam ameaçar o título de Pepê, chegou perto dele na segunda metade do campo. Felipe Almeida, pai de Luca, que começou o dia perdendo por uma, estava mais preocupado com o jogo do filho do que com o ele. Felipe ainda jogou uma acima de ida, mas despencou para o sexto lugar, com 221 (70-74-77) ao devolver seis tacadas do 12 ao 16. Ziccardi, do Clube de Campo, de 17 anos, juvenil número 1 do Brasil, e líder do primeiro dia, que também perdia por uma, fez três birdies no domingo, mas apenas para jogar cinco acima, e terminar em quinto, com 220 (69-75-76).

Confira todos os resultados

Ziccardi dividiu o quinto lugar com Tito Mantovanini, do São Paulo, que fez dois duplos bogeys no domingo para também somar 220 (73-72-75). A disputa pelo segundo lugar acabou restrita a dois jogadores, a começar por Alessandro Fabietti, do São Fernando, que vinha no par do campo até fazer um bogey no 18 e somar 217 (71-74-72), quatro acima, e ser o líder na sede por alguns minutos.

Rumo ao LAAC

O outro era Marcos Negrini, do Damha, número 2 do Brasil, que jogou três acima da ida, com um duplo bogey no 9, onde jogou a bola na água, mas reagiu com quatro birdies nos seis buracos finais, incluindo os dois últimos, para jogar o par do campo ser o vice-campeão com 216 (72-73-71), três acima do par. Negrini está de malas prontas para passar três meses na Itália treinando par o LAAC, o Campeonato Latino-Americano Amador, maior competição da categoria no continente, onde estará ao lado de cinco ou mais brasileiros disputando o título que dá vaga para dois majors do golfe profissional (Masters e The Open), além de entrar direto na última seletiva para o US Open.

Fabietti perdeu o troféu de vice-campeão por uma tacada, mas levou o de campeão da primeira categoria de handicaps índex – até 8,5 – com 211 (69-72-70) tacadas, duas abaixo do par, no desempate contra Alberto Vasconcellos, do São Paulo, que também somou 211 (74-67-70), mas ficou com o vice-campeonato nos critérios de desempate. Mariano Barreto, outro do São Paulo, completou o pódio em terceiro, com 212 (74-69-69).

O mais jovem campeão 

Mas o mais aplaudido do dia foi Luca Almeida (foto abaixo) que, aos 11 anos, tornou-se o mais jovem campeão de uma categoria em quase 80 anos de história do Aberto. Mais do que isso, ele foi o campeão gross, ou seja, sem descontar o handicap, num campo tão longo para ele, que só tinha chances de acertar os greens e jogar para birdie nos pares 3. Luca estreou com cinco acima, disparado o melhor resultado da semana em sua categoria, num dia em que fez um birdie e precisou de apenas 21 putts para fazer história.

Luca ficou longe de repetir o feito no segundo dia, quando fez quatro duplos bogeys, jogou 88 e caiu para o terceiro lugar, mas reagiu no domingo, numa final emocionante. Ele jogou três acima de ida e mesmo fazendo bogeys nos cinco buracos finais jogou nove acima para ser campeão com 244 (76-88-80) tacadas, ao superar nos critérios de desempate a Edgard Schmidt, do São Paulo, que perdeu o troféu ao fazer bogey no buraco final e também somar 244 (83-78-83).

Mais destaques

Nessa categoria foram premiados o campeão gross e os três melhores net (descontado o handicap), que ficaram para Henrique Settanni, do São Paulo, com 207 (73-67-67), quatro abaixo; para Edgard Schmidt, com 211 (72-67-72); e para o americano Kendal Dunn, de Bastos, com 216 (72-71-73). Kendal comemorou muito o troféu, o primeiro que ganhou depois de 15 anos jogando no Aberto do São Paulo.

Também no desempate foi o título de campeão gross da categoria de 14,1 a 19, 4, vencida por Lair Pasetti, do São Paulo, com 261 (85-91-85). Alejandro Ortiz, da Fazenda Boa Vista, também somou 261 (86-84-91), mas perdeu o troféu no critério de desempate. Ademir Mazon, do Sapezal, presidente da FPGolfe, ia levando o título até fazer bogey no 18 e cair para terceiro, com 262 (91-86-85).

Os troféus net foram para Célio Kanesaki, do Sapezal, que venceu de ponta a ponta, com 205 (67-68-70) tacadas. Na disputa pelo segundo lugar, quem se deu melhor foi Edison Hirano, do Riacho Grande, vice com 212 (73-71-68), contra 213 (75-66-72) de Eduardo Arrigoni Jr., do Gávea, que ficou em terceiro ao superar Mauricio Blanco, do Quinta da Baroneza (71-69-73) nos critérios de desempate.

Premiação

A mesa de premiação foi formada por Fernando Gullo, presidente do São Paulo Golf Club, Marcelo Gullo, o capitão, Ademir Mazon, presidente da Federação Paulista de Golfe; José Henrique Moreira, representante do Banco BTG Pactual; e Leopoldo Lopez, gerente comercial da Construtora Trisul.

O 78º Aberto do São Paulo Golf Club teve patrocínio de BTG Pactual Wealth Management, Trisul, Portal Solar e Coca-Cola Femsa. A organização foi da Federação Paulista de Golfe e do São Paulo Golf Club, com supervisão da Confederação Brasileira de Golfe, R&A e Ranking Mundial Amador de Golfe.

Fonte: FPGolfe

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