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Recorde juvenil: Eduardo Matarazzo joga 13 abaixo do par no Sapezal

O juvenil Eduardo Matarazzo, de 17 anos, ainda custa a acreditar na volta excepcional que conseguiu no último domingo, 7 de janeiro, no Sapezal Golfe Clube, em Indaiatuba, quando jogava ao lado do irmão e na companhia do pai. Foram dois eagles nos pares cinco da primeira metade do campo e mais nove birdies, numa volta sem bogey, para jogar o recorde de 57 (27-30) tacadas, 13 abaixo do par, o que equivaleria a 59 em um campo de par 72. E marcando “3” em todos os nove buracos da primeira volta.

“Tudo estava dando certo”, conta Dudu, como é chamado pelos amigos. “Estava deixando as bolas muito perto da bandeira, jogando muito fácil, e embocando”, lembra o juvenil que aprendeu golfe no Sapezal, o campo público oficial da Federação Paulista de Golfe. Seu irmão mais novo, Martin, de 11 anos, que jogava ao seu lado, acabou levantando a bola no começo da segunda volta, mas acompanhou o recordista até o final, ao lado do pai, Afrânio. O resultado foi homologado para fins de handicap por Douglas Black, capitão do clube, e Ademir Mazon, presidente da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe).

Melhores voltas

Dudu já havia jogado 60 tacadas, 10 abaixo, dias antes, quando foi ao campo ao lado do profissional Vanderlei Soto, o Coruja, head pro do Sapezal e seu parceiro de jogo nos finais de semana, num dia em que só não quebrou 60 por ter feito um bogey-6 no buraco 10. Dudu tem como recordes em competição duas voltas de 6 abaixo, em 2023: um 66 na etapa do Gorila Tour, no Fazenda da Grama, onde enfrentou os profissionais e foi líder no segundo dia, e um 64, numa seletiva no Sapezal.

“Meu jogo melhorou muito depois que passei cinco meses treinando na Don Law Golf Academy, em Boca Raton, uma referência em treino de juvenis nos EUA. É a mesma academia onde treina Gabriel Holtz, de Ribeirão Prero, que no final de 2023 ficou em quinto lugar no Doral Publix Junior Golf Classic, um dos torneios juvenis mais importantes dos Estados Unidos, jogando no Blue Monster, do Trump National Doral, em Miami, na categoria de 16 a 18 anos.

Novo patamar

“Meu jogo mudou de patamar após esses cinco meses treinando na academia do Don Law”, avalia Dudu Matarazzo. “Eu treinava todos os dias e melhorei muitas coisas em meu swing, e também no jogo curto”, conta Dudu, que se diz viciado em golfe e um autodidata, apesar de treinar uma vez por mês com Kevin Bulman, profissional do PGA of America e head pro no Fazenda da Grama, de Itupeva (SP), onde faz sua preparação técnica, além de treinar no Sapezal, em Indaiatuba (SP), jogando no campo ao lado do Coruja.

Dudu Matarazzo, que só completará 18 anos em setembro, vai terminar o segundo grau, no Brasil, neste ano de 2024, mas já de olho no seu maior objetivo, que é virar profissional e entrar para o PGA Tour. Até lá, estuda um convite do São Fernando para treinar lá durante a semana, onde teria mais golfistas de seu nível para estimular sua evolução, e avalia as possibilidades de ir fazer faculdade nos Estados Unidos.

Reconhecimento

Independentemente de seus novos passos, Dudu pretende continuar a jogar golfe no Sapezal, nos finais de semana, indo ao campo ao lado do head-pro Coruja, como tem feito há anos. “O Coruja sempre foi meu maior incentivador e guia”, diz o juvenil. “Ele esteve comigo desde o dia em que dei minhas primeiras tacadas, no Sapezal, aos 11 anos”, recorda. “No começo, o Coruja foi meu professor, e hoje é meu grande companheiro de jogo”, conta Dudu. “Devo muito a ele.”

 

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