Golfe & Turismo

Uso de tecnologias ajuda a acertar os movimentos e obter resultados duradouros

Os melhores jogadores do mundo usam todo tipo de tecnologia à disposição para ter uma ideia clara do seu swing e manter sob controle eventuais tendências negativas. Com um simples smartphone como companheiro de prática, você pode se concentrar mais nos diversos momentos fundamentais do swing, eliminar os erros mais graves, além de repetir e melhorar as posições fundamentais para a fluidez do gesto

de Jonathan Yarwood | foto de Mark Newcombe_tradução Vania Andrade

smartphonePara começar: utilize um prendedor de celular (que pode ser comprado pela internet) para conectar o smartphone à vara utilizada para o alinhamento. Fixe o prendedor e depois comece a praticar. Teoricamente, o prendedor teria que estar posicionado na altura dos quadris e entre a bola e os pés, direcionado à linha do alvo. Filme o swing com velocidade regular e, para isolar as posições-chave, utilize a reprodução quadro por quadro.

Ângulos do set-up – equilíbrio e postura 

No decorrer deste artigo gostaria de identificar alguns momentos fundamentais para controlar o swing. Trata-se de posições que normalmente ensino e que evidenciam alguns dos erros mais comuns de jogadores amadores e que, infelizmente, afetam todo o movimento. Confio no fato de que, aprendendo o que não fazer, você terá uma imagem clara das ligações específicas, necessárias para disparar a reação em cadeia de um movimento correto.

O set-up, nosso ponto de partida, é um objetivo primário. Precisamos ter uma postura atlética, com o peso nos antepés, os joelhos levemente flexionados, os pontos de equilíbrio bem alinhados, além de taco e corpo em sintonia.

O que você vê no vídeo? Se estiver inclinado para a frente com o corpo e o peso concentrado principalmente nas pontas dos pés, com certeza não está em equilíbrio; do mesmo modo, se tende a pender para trás, com o peso que favorece os calcanhares, você não está com a postura dinâmica necessária para um bom começo de swing.

Experimente este truque: Utilize um ferro 6: fique de pé com os braços esticados, mas relaxados, e as mãos que empurram o taco para baixo. O ideal é que você tenha a sensação de ter o peso bem estável no chão, concentrado nos antepés. Em seguida, flexione os joelhos e levemente os quadris para inclinar a coluna vertebral, com os braços na posição e a cabeça do taco atrás da bola. O objetivo é que você se sinta equilibrado, atlético e elástico, como se estivesse pronto para dar um mergulho na piscina.

Da esq. para a dir.:
❖ Sinta-se bem estável no chão, com o peso concentrado nos antepés.
❖ Bem na posição, apoie-se no taco enquanto flexiona os joelhos e crie a angulação dos quadris.
❖ Braços relaxados desde os ombros; a parte de baixo do corpo estável; uma linha reta começa por trás dos tríceps e desce para os antepés, tocando os joelhos

Tudo junto no movimento inicial 

Uma postura errada obviamente influencia na probabilidade de começar corretamente a sequência, assim como, mesmo começando com um bom set-up, muitos golfistas tendem a perder a conexão entre braços, corpo e taco durante os primeiros centímetros de movimento. O momento em que braços e taco se separam da bola geralmente é um problema, por levantar o taco demais na vertical, portanto, fora da linha bola-alvo; trata-se de um fator que anula a sincronização entre os braços e o corpo. Aqui, buscamos aquele segmento de swing que desde o set-up caminha para um backswing coordenado: corpo, busto, braços e taco trabalham juntos, com a rotação natural do tronco, e braços e taco atuando nessa trajetória mais interna.

Experimente este truque:

Para trabalhar nesta sequência inicial posicione uma segunda bola na trajetória do swing, atrás da bola a ser batida e a uma distância equivalente ao comprimento de um grip. Para um bom set-up, o objetivo é se livrar daquela segunda bola quando for começar o swing, com corpo, busto, braços e taco trabalhando juntos. Como se pode ver, a cabeça do taco está externa em relação às mãos, mas trabalha dentro da linha bola-alvo. Este é o segredo. Outra ideia é enfiar a capinha do taco dentro do cinto das calças, no lado direito, e depois sentir que as mãos movem delicadamente a capinha, enquanto vão para trás. É um truque que funciona para qualquer um que tende a ter o braço direito mais forte no set-up, característica que pode levantar o taco na vertical e para fora.

 

Da esq. para a dir.:
❖ Use a bola que está atrás para se concentrar no trabalho em sincronia de mãos, braços, taco e corpo.
❖ Esse exercício com a capinha do taco dá uma boa sensação de como a mão e o braço direito se movem com o quadril direito, assim que você se separa da bola

Carregue na subida e mantenha – plano na metade do backswing 

Nas fases seguintes, podemos ver claramente como cada anel da cadeia influencia a sequência a seguir. O segredo para ter um movimento plano na metade do backswing está em unir uma boa ação dos pulsos com o movimento dos braços e a rotação do corpo. Estude a sequência até esse ponto e observe como um bom movimento leva a outro: um set-up correto favorece um movimento inicial coordenado, fundamental para esse momento do backswing, com os pulsos carregados e o taco que continua o movimento plano.

Os dois erros exagerados (ao lado) deveriam contribuir para reforçar na sua mente a posição correta de braços e taco necessária para um movimento sincronizado e plano.

Experimente este truque:

Apresento um ótimo truque para a sensação correta ao carregar os pulsos no backswing, um movimento fundamental que você pode adquirir muito rapidamente com este exercício: pegue um ferro médio e o empunhe abaixo na vara. O restante do taco continua externo à coxa esquerda. Este é o ponto de partida. Em seguida, concentre-se em carregar os pulsos de modo que a extremidade do grip aponte para baixo no chão, exatamente na vara posicionada para o alinhamento, no ponto intermediário entre a bola e a linha da ponta dos pés. Experimente várias vezes e, consequentemente, procure fundir a sequência inicial com o carregamento dos pulsos enquanto estiver na metade do backswing, para depois chegar ao ápice.

❖ Mesmo se não está exata, a angulação original da vara no set-up dá uma referência sobre o plano do swing. O ideal é fazer um movimento um pouco acima do plano durante o backswing, para voltar ao plano na descida

Problemas típicos no ápice do backswing 

Ficou claro que movimentos corretos levam mais facilmente a outros movimentos corretos e que um bom swing é uma reação em cadeia de eventos em que o set-up e o destacamento da bola são fundamentais para a sequência correta. Por esse motivo, os melhores jogadores do mundo passam muito tempo aperfeiçoando a postura, o alinhamento e o equilíbrio dinâmico, junto aos momentos fundamentais do movimento que permitem a eles repetir o swing correto quando estão sob pressão. Para recapitular o que fizemos até agora: de uma boa postura atlética no set-up começamos a fazer com que a bola deslize com um primeiro movimento coordenado, em que mãos, braços, tronco e taco trabalham juntos no primeiro meio metro de swing. Nessa posição, os braços continuam a se mover com a rotação do corpo, enquanto a flexão dos pulsos leva o taco à posição correta, para cima e no plano correto. A conclusão da rotação da parte de cima do corpo contra a resistência do joelho direito e da coxa produz uma posição bem carregada no ápice do backswing (à direita). A desvantagem dessa sequência ordenada de eventos é que qualquer um dos erros ilustrados até o momento se traduziria na necessidade de recuperação, e as compensações nunca são realmente corretivas, pelo menos no essencial.

Experimente este truque:

Este é um exercício simples para lembrá-lo das sensações que se associam a uma boa rotação e a um movimento eficaz no backswing.

Pegue o taco com a mão esquerda e posicione a mão direita alguns centímetros ao lado da cabeça. Em seguida, mova o braço esquerdo para a frente do busto até levá-lo ao antebraço direito e gire a cabeça na palma da mão. Depois, volte com a mão direita no grip e distenda as mãos no ângulo no batente imaginário de uma porta.

A partir da esq.:
❖ Pegue um ferro curto e o empunhe somente com a mão esquerda; a mão direita do lado da cabeça, como ilustrado acima.
❖ Girando os quadris e a parte de cima do corpo, o braço esquerdo encontra o direito, e a cabeça gira levemente na palma da mão.
❖ Traga de volta a mão direita para o grip e estenda os braços no ângulo do batente imaginário. Assim, você terá uma rotação completa e eficiente.
❖ Na fotografia acima, o ombro direito vai para a frente e o taco se encontra externo demais

 

Você pode conferir essas e muitas outras dicas de Jonathan Yarwood acessando aqui.

 

 

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