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A tacada de Adilson será a primeira da modalidade em Jogos Olímpicos desde 1904, quando o golfe participou dos Jogos de St. Louis (EUA) para só retornar agora, no Rio de Janeiro. Adilson jogará no mesmo grupo do canadense Graham DeLaet e do sul-coreano Byeong Hun An. Ele é o único representante do Brasil no masculino, e conquistou sua vaga por mérito próprio, sem depender da vaga garantida ao país sede.
Natural de Santa Cruz do Sul (RS), o brasileiro é um exemplo de superação. Ele se iniciou no esporte como caddie (carregador de tacos e auxiliar do golfista). Foi levado para o Zimbábue por um fazendeiro há mais de 20 anos e lá iniciou sua carreira profissional, ao mesmo tempo em que trabalhava como garçom para se sustentar e estudava inglês à noite, decorando um dicionário inglês-português que havia levado do Brasil. Atualmente, vive em Durban, na África do Sul, e disputa os torneios do Sunshine Tour (o circuito sul-africano) e do Asian Tour, o circuito asiático.
“Representar o Brasil é algo muito especial para mim. É uma emoção muito forte. Tenho treinado muito”, diz ele. “O campo está maravilhoso, de altíssimo nível. É muito bom para o Brasil ter um campo dessa qualidade”, completa.
A competição masculina do golfe olímpico vai de quinta a domingo e será disputada por 60 competidores, entre eles o sueco Henrik Stenson, ganhador do The Open (Aberto Britânico) deste ano, Danny Willet, ganhador do Masters (outro torneio de Grand Slam), e outras feras como Rickie Fowler (EUA), Bubba Watson (EUA), Sergio Garcia (Espanha), entre outros.