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Aberto do SP: Andrey Xavier conquista 4º torneio consecutivo

por redação

Foto: Thais Pastor/F2 Assessoria

Depois de um começo desastroso, na sexta-feira, quando jogou 80 tacadas, nove acima do par, reclamando de dores nas costas, o gaúcho Andrey Xavier, do Santa Maria, mostrou todo seu talento no final de semana, ao jogar sete abaixo, sair de uma desvantagem de nove tacadas e vencer de virada o 76º Aberto do São Paulo Golf Club, encerrado neste domingo, 17 de outubro no campo de golfe mais antigo do Brasil, fundado em 1901. O título do Aberto do São Paulo foi o quarto consecutivo de Andrey em eventos do ranking mundial amador de golfe (WAGR), depois de ter vencido o Aberto do Rio de Janeiro, o Aberto de Brasília e o Aberto do São Fernando.

“Eu estava com tantas dores nas costas na sexta-feira que pensei até em desistir”, conta Andrey, que depois pediu ajuda para as irmãs Dani e Gabi Arantes da academia Tiro Certo, especializada na preparação física de golfista, e ao serviço de massagem oferecido no clube. Livre das dores, Andrey não deu chances para ninguém. Fez cinco birdies no sábado e mais sete no domingo, para fazer as duas únicas voltas abaixo do par de todo o torneio e ser campeão com 215 (80-68-67) tacadas, duas acima do par e ainda terminar três à frente dos adversários.

Viradas

“Eu me sinto mais à vontade jogando em desvantagem, vindo de trás”, conta Andrey, que já havia vencido de virada no São Fernando, onde também jogou 80 na estreia, e no Rio de Janeiro, onde estreou perdendo por quatro. Só em Brasília ele venceu de ponta a ponta. “Espero poder jogar bem desde o primeiro dia do Aberto do Estado de São Paulo, que começa sexta-feira”, diz Andrey, que, na verdade, se prepara para dois eventos internacionais da maior importância.

“O primeiro será a Copa Los Andes (Sul-Americano de Golfe por Equipes), no final de novembro, no Chile, onde fui campeão com o Brasil em 2018, no Uruguai, e o segundo o LAAC (Latin American Amateur Championship), em fevereiro, que não foi jogado este ano por causa da pandemia, mas volta agora ao Teeth of the Dog (seletivo campo de Pete Dye, na República Dominicana), onde joguei muito bem em 2018 e até tive chances de vencer”, conta Andrey, que na ocasião fez duas voltas de 66 tacadas (-5), antes de terminar em quinto. “O título do LAAC muda a vida de qualquer golfista, pois dá vaga no Masters e muitas outras coisas”, diz o melhor brasileiro do WAGR, único entre os Top 100 do mundo.

Decisão

Mesmo com o bom resultado de sábado, Andrey entrou em campo, neste domingo, empatado em quarto lugar, três atrás do líder, Mariano Barreto, um dos bons amadores do São Paulo que deram trabalho para a elite do golfe brasileiro em seu campo. Mas Andrey abriu a rodada com três birdies seguidos, chegou a quatro abaixo no dia no buraco cinco, para assumir a liderança, com uma tacada de vantagem sobre Lucas Park, do Paradise, o número 3 do Brasil, que tinha feito dois birdies até então.

Lucas ainda cometeu erros, com bogeys consecutivos nos buracos 13 e 14, além de outro no 18, onde atacou a bandeira colocada ao lado do lago e foi na água, para fazer bogey e ainda assim ganhar por três. Lucas, por sua vez, devolveu duas tacadas na metade final do campo, para ser vice-campeão com 218 (72-75-71), cinco acima. “O Andrey jogou muito bem, mereceu vencer”, diz Lucas, que como o campeão se prepara para a Copa Los Andes e o LAAC. “Estou voltando à minha melhor forma, venci três e fui vice em três dos últimos seis torneios e pretendo melhorar ainda mais”, disse Lucas.

Local Players

O exército de bons amadores do clube teve como destaque Walter Mantovanini Neto, o Tito, que já venceu o aberto de seu clube em 2008. Apesar de um duplo-bogey, Tito igualou a segunda melhor volta do domingo para terminar em terceiro com 212 (73-77-71) tacadas, empatado com Victor Maciel dos Santos, do Alphaville (73-75-73), que embocou vários putts importantes para salvar o par na reta final, além de outro para birdie no 17.

O São Paulo teve ainda outros três jogadores entre os Top 7: Luiz A. P. Almeida, o Gugu, que somou 225 (73-77-75) tacadas para empatar em quinto com Mariano Barreto (74-71-80), o inesperado líder da véspera, que ainda comemorou bastante o melhor resultado da carreira, ao lado da mulher e dos filhos. Fechando a lista está Marcelo Gullo, o Lirão, capitão do São Paulo, que saiu no grupo dos líderes e terminou em sétimo, com 226 (74-73-79).

Matheus Park, o número 2 do Brasil, líder do primeiro dia, que já tivera dificuldades na véspera, bateu dos drives para fora de campo no buraco 1, fez um quádruplo bogey-8, e nunca mais se recuperou. Terminou em oitavo, com 228 (71-79-78), uma tacada à frente de Fernando Silva, do Campinas Golf Center, nono com 229 (75-77-77). Completando os Top 10, com 230, terminaram Felipe Hasson, do Graciosa (75-77-78) e Alessandro Fabietti, do São Fernando (80-74-76).

Handicaps

Na classificação por handicaps índex até 8,5, Rogerio Cardoso, do Damha, venceu com 210 (70-72-68), ao superar, nos critérios de desempate, Fernando Barreto, do Clube de Campo, que também somou 210 (70-67-73) mas ficou com o troféu de vice por jogar pior na volta final. Luiz Arthur Caselli Guimarães Fº, do São Paulo, ficou em terceiro, com 211 (71-69-71).

Na 8,6 a 14, só deu São Paulo no pódio. Luiz Srur venceu de ponta a ponta, com 204 (64-69-71) tacadas, nove abaixo do par e melhor net da semana, seguido por Adauto Kiyota, com 212 (73-71-68), que tirou o segundo lugar de Christopher Srur, filho do campeão, nos buracos finais. Christopher terminou em terceiro, com 213 (66-72-75), apenas uma de vantagem sobre Leandro Metzner, do Arujá, e Mario Najm Fº, do São Paulo.

Mais premiados

Na 14,1 a 19,4, o campeão foi Marcelo Fonseca, da Associação Esportiva São José, com 208 (74-68-66), seguido por Flávio Maschietto, do São Paulo, vice com 212 (72-71-69), e Richard Lati, do Quinta Da Baroneza, terceiro com 216 (71-70-75). Houve ainda a Copa BTG de Golfe, para convidados, no sistema stableford, vencida por Osvaldo Damião, com 55 pontos, contra 39 de Bruno Semensato.

A precisão de chuvas fortes que ameaçava o torneio, só se concretizou no final do primeiro dia, quando o jogo foi suspenso por uma hora. No final de semana houve apenas garoa e chuva fina, esparsas, sem atrapalhar o jogo. As chuvas fortes, tão bem-vindas, ficaram restritas às noites e madrugadas.

Premiação

Mauro Batista, diretor executivo da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe) e Diretor do Torneio apresentou a entrega de prêmios que teve a mesa composta por Fernando Gullo, presidente do São Paulo; Ademir Mazon, presidente da FPGolfe; Marcelo Gullo, o capitão, e José Henrique Moreira, o tesoureiro do clube anfitrião, além de Fred Fulcheron, diretor do Banco BTG Pactual, e Khatlen Guse e Felipe Posh, do Sportsbet.

O 76° Aberto Amador do São Paulo Golf Club teve patrocínio do BTG Pactual e Sportsbet.io, também novo parceiro da Federação Paulista de Golfe, além de apoios da
TechnoGyn, Coca-Cola Femsa Brasil, World Wine, da Horta por Porta em Cadu Ramos. A organização foi do São Paulo GC, com supervisão da Confederação Brasileira de Golfe e da Federação Paulista de Golfe e apoio do R&A, como competição válida para o WAGR.

Resultados completos aqui.

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