Fonte: Lance & Isto É
Desde o início da pandemia, a população mundial se viu obrigada a repensar hábitos e reorganizar seu estilo de vida. Algumas atividades, até então, corriqueiras foram extintas. Outras, menos usuais, se tornaram praxe. Assim, tem sido com o golfe. Apesar de ser um esporte tradicional, historicamente sempre foi praticado por uma pequena classe da sociedade. No entanto, de alguns meses para cá, o que se nota é um aumento considerável de novos praticantes e um crescimento inédito na venda de equipamentos para a modalidade.
A principal explicação para essa tendência está na estrutura do próprio jogo. Praticado em ambientes extensos, ao ar livre e sem contanto físico entre os adversários, o golfe se torna uma opção divertida e segura para quem deseja praticar um esporte em meio à pandemia do coronavírus.
“Sinceramente, nunca havia pensado em jogar golfe até porque sempre tive a impressão que era um esporte de rico. Meu negócio sempre foi o futebol, mas hoje ainda não dá para voltar por conta de todo o contato físico, ainda mais sendo do grupo de risco. Como moro perto do Campo (Olímpico de Golfe) resolvi passar para ver como funciona e vi que é mais acessível do que eu imaginava. Então, resolvi dar uma chance e me apaixonei”, revela o carioca Renato Cordeiro, de 52 anos, morador da Barra da Tijuca.
Tem sido comum ouvir casos como o de Renato no Campo Olímpico de Golfe, na Barra, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Desde a sua reabertura, em agosto de 2020, o espaço tem sido cada vez mais procurado por pessoas que jamais praticaram a modalidade.
“Um esporte praticado a céu aberto, com total contato com a natureza e sem aglomeração, faz com que o mesmo seja muito saudável, mesmo em período de pandemia”, argumenta Carlos Favoreto, presidente do Campo Olímpico.
Outro indicativo do grande momento vivido pelo esporte vem de fora. De acordo com a Golf Datatech, empresa americana responsável por pesquisas do mercado, a indústria do golfe movimentou o valor recorde de 388,6 milhões de dólares em julho do ano passado. A quantia é a maior desde 1997, ano em que a empresa começou a registrar os dados.
“Nunca vimos um aumento como o que aconteceu no verão de 2020, em decorrência do desligamento mundial do COVID-19”, disse John Krzynowek, sócio da Golf Datatech em um comunicado à imprensa.