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Aberto de São Paulo: Thomas Choi e Sabrina Kim vencem no PLGC

por redação
Aberto de São Paulo: Thomas Choi e Sabrina Kim vencem no PLGC

Aberto de São Paulo: Thomas Choi e Sabrina Kim vencem no PLGC / Foto: Ricardo Fonseca – F2 Assessoria

O PL, em Arujá, é um clube tradicional da colônia japonesa em São Paulo, mas neste domingo, 14 de agosto, Dia dos Pais, a festa foi dos brasileiros descendentes de coreanos, que venceram de ponta a ponta o 73º Campeonato Aberto de São Paulo, a principal competição da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe) e uma das maiores do Brasil, que valeu para o ranking mundial amador de golfe (WAGR) e para os rankings nacionais e estaduais. Paralelamente foi disputada a final do Golfe Solidário UniãoBR, que definiu a equipe brasileira para jogar no Latino-Americano, no México.

Os dois novos campeões do Aberto de SP conquistaram seus títulos de ponta a ponta e por ampla margem. Thomas Choi, do São Paulo Golf Club, venceu no masculino com 210 (71-70-69), seis abaixo e quatro de vantagem sobre os adversários, sendo o único a quebrar o par do campo nos três dias de competição. A juvenil Sabrina Kim, de 17 anos, levou o título feminino com 218 (75-72-71) tacadas, duas acima do par e oito à frente da competidora mais próxima, com direito a fazer a única volta abaixo do par entre as mulheres, na rodada final, e a entrar para o WAGR pela primeira vez.

O Aberto de SP reuniu 12 jogadores que ganharam juntos, apenas neste ano, 22 torneios válidos para o WAGR. Além disso, estavam em campo seis dos Top 10 do Brasil, tanto no masculino como no feminino. Os que não puderam jogar estão morando e competindo nos EUA. O torneio reuniu ainda o recorde de 218 jogadores de 47 clubes do país, sendo 183 homens e 35 mulheres. Desse total, 25 golfistas disputaram a final do Golfe Solidário que, em 2022, envolveu 29 clubes do Brasil e a doação de mais de 3 mil cestas básicas.

Regularidade

O segredo da vitória de Thomas Choi foi a regularidade. Ele estreou com a única volta abaixo do par da sexta-feira e melhorou uma tacada por dia para caminhar tranquilo para o seu segundo título do torneio. O primeiro, em 2019, também foi ganho no Dia dos Pais. Choi é o primeiro múltiplo campeão do Aberto de SP desde 2013, ano em que Pedro da Costa Lima completou seu tricampeonato.

Choi foi ainda o jogador que mais fez birdies na semana, 11 no total, média de quase quatro por dia. O campeão do Aberto do Estado foi o melhor nos pares 3, onde jogou duas abaixo, e nos pares 5, onde jogou cinco abaixo. Nos pares 4 ficou em terceiro, com uma acima. E também o que menos fez bogeys, apenas cinco em 54 buracos.

Vitória

Choi começou o torneio uma tacada à frente de Marcos Negrini, do Damha, mas cedeu o empate no segundo dia, quando Negrini jogou 69, e ambos ficaram com três abaixo no total. O gaúcho Andrey Xavier, do Campestre de Livramento, que vinha de um título no Amador do Brasil, fez a melhor volta do torneio no segundo dia, com 68 tacadas, quatro abaixo, para se redimir de uma péssima estreia (77) e saltar para terceiro lugar, quatro atrás dos líderes.

Domingo, na volta final, Choi ampliou a vantagem ao jogar duas abaixo de ida, com birdies nos buracos 8 e 9, antes de jogar uma abaixo de volta e comemorar o título que lhe dá um novo ânimo para estrear em uma nova faculdade, neste segundo semestre. “Estou mudando para uma universidade em Nova York, que está na Divisão 1 da NCAA, onde tenho mais dois anos para jogar – três se usar o ano extra permitido por causa da pandemia – mas meu plano é me profissionalizar logo depois”, conta Choi.

Destaques

Depois de jogar cinco acima no primeiro dia, com seis bogeys e um birdie, Andrey reagiu. No sábado fez a melhor volta do torneio com seis birdies, sem um bogey sequer, e no domingo fez mais quatro birdies, desta vez com um bogey, para ser vice-campeão com 214 (77-68-69) tacadas, duas abaixo. “Fiz minha parte no final de semana para tentar virar o jogo, mas o Choi jogou muito bem, concentrado e errou muito pouco”, diz Andrey, que se consolida como o número 1 do Brasil e como o segundo melhor brasileiro no WAGR, pouco acima da 125ª colocação, atrás apenas de Fred Biondi, o número 27 do mundo.

O paranaense Victor Maciel dos Santos, do Alphaville Graciosa, tornou-se o quarto e último jogador a conseguir ao menos uma rodada abaixo do par na semana para terminar em terceiro com 217 (73-73-71), uma acima do par. Marcos Negrini, do Damha, que treina e joga apenas nos finais de semana, por causa do trabalho, sentiu a falta de ritmo no domingo, quando caiu do primeiro para o quarto lugar, com 219 (72-69-78) tacadas, após uma volta sem um birdie sequer.

Na classificação por handicaps índex até 8,5, os troféus, na acumuláveis com os da categoria principal, foram para Fernando Silva, do Campinas Golf Center, campeão com 211 (67-69-75) tacadas, cinco abaixo; Victor Maciel dos Santos, vice com 214 (72-72-70); e Guilherme Ziccardi, do Clube de Campo, que também somou 214 (72-72-70), mas ficou em terceiro nos critérios de desempate.

Idades

Na competição pré-sênior, para jogadores de 40 a 54 anos, o campeão de ponta a ponta foi Renato Araújo, do Terras de São José, com 231 (77-76-78) tacadas. Ele terminou 13 tacadas à frente de três jogadores que empataram com 244: Hilton Couto Filho (83-82-79), do Porto Alegre Country Club (PACC), que levou o troféu de vice-campeão nos critérios de desempate; Francisco Ishihara, do PL (80-83-81), e Rogério Cardoso, do Damha (79-79-86).

Entre os seniores, Michel Thó, do Goiânia Golfe Clube também venceu de ponta a ponta com 254 (83-85-86) tacadas. O troféu de vice-campeão ficou para Katsumi Ota, do PL, com 264 (93-88-83). Hideaki Iijima, também do PL, terminou a seguir, com 270 (89-89-92). Mario Ghisalberti, do Japy, o número 1 do ranking sênior paulista, foi desclassificado depois de confundir o horário de saída e chegar atrasado.

Mais campeões

Os homens com handicaps de 8,6 em diante e mulheres com 16,1 em diante, jogaram apenas no final de semana, sendo premiado o campeão gross e os dois primeiros net (descontado o handicap), de cada categoria, não acumuláveis. Na 8,6 a 14, o campeão gross foi Benedito de Souza, com 167 (88-79) tacadas. No net os premiados foram Seizo Yano, presidente do PL, campeão com 138 (67-71), e Luis Kibe, também do PL, vice com 141 (70-71).

Na 14,1 a 19,4, Denis Song, do Clube de Golfe de Campinas, venceu no gross com 163 (77-86). No net o campeão foi Joislan Duarte Pinheiro, do Riacho Grande, com 138 (67-71) e o vice José da Silva Almeida, também do Riacho Grande, com 140 (70-70). Na 19,5 a 25,7, o campeão gross foi Kunio Ishihara, do PL, com 186 (93-93) tacadas. No neto o pódio teve Rodrigo Borges, o Peixe, do Terras de São José, campeão com 142 (76-66), e Sunmoon Lee, do Clube de Golfe de Campinas, com 143 (65-78).

A categoria com handicaps índex de 25,8 em diante, não valeu para o ranking da FPGolfe, mas sim para a final do Golfe Solidário que teve Alexandre Carmona, do Sapezal, classificado para ir ao Latino-Americano, com 147 (72-69) tacadas, superando Fernando Rupolo, do Caxias Golf Club, que somou 147 (74-73) e Marcelo de Campos, do Caxangá, com 158 (75-83).

Feminino

A competição feminina consagrou mais um talento do golfe brasileiro, a juvenil Sabrina Kim, de 17 anos, que começou a jogar golfe no Arujá, aos 11 anos, mas desde os 12 mora nos EUA onde compete no circuito da Flórida e na AJGA (American Junior Golf Association). Sabrina vem se destacando tanto no golfe feminino que já garantiu uma bolsa para jogar pelo time da Kennesaw State, da Geórgia, na Divisão 1 da NCAA, em 2023.

Sabrina, que foi vice-campeã do Juvenil de Inverno de SP, jogando abaixo do par na rodada final, do Damha, e líder nos dois primeiros dias do Amador do Brasil, no Campo Olímpico, onde não jogou bem no final de semana para terminar em quinto lugar, como terceira melhor brasileira, desta vez melhorou de resultado a cada dia para ser campeã com 218 (75-72-71) tacadas.

Destaques

Manu Barcellos, do Quinta da Baroneza, também foi líder no primeiro dia, caiu para terceiro no segundo dia, mas fez sua melhor volta da semana no domingo, para ainda ser a vice-campeã, com 226 (75-78-73) tacadas. Ela superou Fernanda Lacaz, do São Fernando, que fez a segunda melhor volta do torneio feminino na véspera, mas jogou mal no domingo, caindo para o terceiro lugar, com 228 (77-72-79), tacadas.

Gabriela Castro, do São Fernando, que defendia o título, desta vez ficou em quarto, com 231 (77-79-75), uma tacada à frente de Martina Collares, do PACC, que somou 232 (79-73-80). As duas melhores do ranking nacional não jogaram bem. Marina Nonaka, do Arujá, a número 2 do Brasil, ficou em sexto, com 235 (80-77-78), enquanto Valentina Bosselmann, do Itanhangá, líder do ranking, terminava em sétimo, com 236 (79-78-79).

Handicaps

Na classificação por handicaps índex até 8,5, a campeã foi Tatiana Góes, do PACC, com 207 (72-66-69) tacadas, nove abaixo, seguida por Martina Collares, com 211 (72-66-73) e por Gabriela Castro, que somou 213 (71-73-69), mesmo total de Fernanda Lacaz (72-67-74), que perdeu o troféu de terceiro lugar nos critérios de desempate.

Na 16,1 a 25,7, a campeã gross foi Joelma Maria Rodrigues, do Riacho Grande, que somou 186 (91-95) No net, Yoko Iijima, do PL, ganhou mais um troféu para a família ao ser campeã com 150 (73-77), enquanto Keiko Shimomaebara, capitã do PL, ficava em segundo com 151 (96-91). Na 25, 8 a 36, Ineke Donkers, do Clube de Golfe de Campinas, garantiu a vaga do Golfe Solidário, com 163 (78-85) tacadas.

Premiação

Mauro Batista, diretor executivo da FPGolfe apresentou a cerimônia de entrega de prêmios, que teve a mesa composta por Ademir Mazon, presidente da FPGolfe; Seizo Yano, presidente do PL; Eduardo Bradaschia, vice-presidente da FPGolfe; Akihiro Shibagaki, vice-presidente do PL; pelos capitães Koichi Ogata e Keiko Shimamoebara; e por Raphael de Lucca, diretor de Copa Airlines.

A diretoria da FPGolfe entregou placas em homenagem ao PL, que cedeu o campo para o evento, e para o Bauru Golf Club, representado por seu presidente Alexandre Shayeb, clube que através de patrocínios doou mais de 2 mil cestas básicas no Golfe Solidário. Foi homenageado ainda o programa The Golf Brasil, do Band Sports, patrocinador do Golfe Solidário, representando por seus repórteres e apresentadores Henrique Kirilauskas e Ricardo Fonseca, e por Thais Pastor.

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