O golfe feminino retornou aos Jogos Olímpicos nesta quarta-feira. A paranaense Miriam Nagl foi escolhida para dar a tacada inicial do torneio. A paulista Victoria Lovelady também está representando o país na disputa. O Brasil é a única nação sul-americana com duas representantes na modalidade, ambas classificadas por méritos próprios, sem depender da vaga garantida do país sede.
A única vez que as mulheres disputaram o golfe em uma Olimpíada foi em Paris, em 1900 – nos Jogos seguintes, de St. Louis (EUA), em 1904, houve apenas a disputa masculina. Será a primeira vez que medalhas estarão em jogo, pois em 1900 a campeã olímpica, a americana Margaret Abbot, ganhou como prêmio uma tigela de porcelana, já que medalhas não eram entregues na época.
“É uma honra muito grande representar o Brasil. As Olimpíadas são muito importantes para o golfe, principalmente para as mulheres, pois necessitamos de mais visibilidade”, disse Miriam. Em março, Miriam foi a campeã do torneio entre nove brasileiros que serviu de evento-teste, quando jogou uma volta de 67 tacadas. Radicada na Alemanha, Miriam disputa o Ladies European Tour (LET), principal circuito europeu de golfe profissional feminino.
“Disputar os Jogos Olímpicos é a realização de um sonho. Venho me preparando para esse momento há sete anos”, diz Victoria Lovelady, que também joga o LET, na Europa.
O torneio feminino irá até sábado, quando acontece a quarta e última rodada, que definirá as três medalhistas.