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Isadora Fernal e Gabriel Holtz vencem o Honda Open do Ipê GC

por redação

Foto: Thais Pastor/F2 Assessoria

Gabriel Holtz e Isadora Fernal, ambos de 14 anos, venceram de ponta a ponta o Honda Open – 20º Torneio Aberto do Ipê Golf Club de Ribeirão Preto, encerrado neste sábado, 12 de setembro. Gabriel demonstrou maturidade no golfe que muito jogador experiente nunca adquiriu. Entre as mulheres, Isadora se confirmou como uma das principais revelações femininas do golfe brasileiro.

Gabriel foi campeão por nove tacadas de vantagem sem nunca ser ameaçado e sem jogar nenhuma rodada acima do par. Sábado, na estreia, fez um eagle e dois birdies e vinha duas abaixo do par até o tee do buraco 17, onde bateu o drive para o meio das árvores à esquerda e não escapou de um duplo bogey. Jogou 72, o par do campo, num dia de muito vento, deixando os adversários quatro tacadas atrás.

Vitória

Neste domingo, sem vento, mas debaixo de um calor implacável e com greens muito rápidos, Gabriel começou com um bogey no 5, mas reagiu com três birdies do 9 ao 12, para mais uma vez chegar aos buracos finais vencendo por duas. No 16, um par 4 em subida, o drive de Gabriel saiu muito forte, mas acertou uma das árvores à direita e voltou quase 40 jardas, ainda no meio das árvores. Ele teve tranquilidade para jogar de volta para a raia e de longe deixar a bola dois metros curta da bandeira, para salvar o par.

Restava o 17, de par 5, que tem a fama de mudar a sorte de muitos torneios. Apesar do olhar contrariado do caddie, que preferia uma jogada mais cautelosa, depois do desastre da véspera, Gabriel pegou o drive e, desta vez, bateu no meio da raia. De lá, colocou no green e deu dois putts para fazer birdie, terminar com três abaixo no dia e vencer com 141 (72-69) tacadas, três abaixo no total.

“Esse foi o maior título de minha carreira”, comemorou Gabriel, que começou a jogar golfe aos 2 anos, quando morava nos EUA, e o pai, Alexandre Holtz, head-pro do Ipê e seu único professor até hoje, o presenteou com um jogo de tacos de plástico. Pouco depois começou a jogar golfe para valer e se apaixonou. “Golfe é o que eu quero para mim, o que quero fazer” diz Gabriel, que agora só pensa em ir para os EUA o mais cedo possível, para estudar em uma escola com forte equipe de golfe, e depois, se profissionalizar. “O que quero mesmo é chegar ao PGA Tour”.

Destaques

Fernando Silva, do Campinas Golf Center, começou o terminou em segundo lugar, com 150 (76-74) tacadas, sem nunca ter conseguido colocar pressão no campeão. Foi mais um vice-campeonato de uma longa sequência, quebrada há duas semanas quando venceu o Aberto do Santos São Vicente. Às brincadeiras sobre seus vice-campeonatos, Fernando responde lembrando que no golfe o que vale é a regularidade e que com esse vice passou a ser o novo número 1 da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe).

Eduardo de Paula, do Ipê, terminou em terceiro lugar, com 157 (79-78) tacadas, seguido por dois outros candidatos ao título: Leonardo Yoshikawa, de Bastos, e Alessandro Melle, do Damha, voltando ao golfe e ainda sem handicap, que jogaram 160, com os mesmos parciais (79-81). Eduardo de Paula, no entanto, foi o campeão da categoria com handicap índex até 8,5, com 145 (73-72) tacadas, uma acima, seguido por dois companheiros do Ipê: Matheus Castelli, vice com 151 (79-72) e Pedro Pelicioni, outra revelação da casa, terceiro com 152 (74-78).

Mais premiados

Na 8,6 a 14, mais um título para o Ipê, com Manuel Balau sendo campeão com 139 (70-69) tacadas, melhor net do torneio. Paulo Troyano, do São Fernando, foi o vice, com 143 (71-72), no desempate com Francisco Silveira Filho, do Damha, que também marcou 143 (70-73), mas jogou pior na volta final. Rodrigo Silveira, do Ipê, ficou em quarto, com 144 (70-74), seguido por Ademir Mazon, do Sapezal, que fechou os Top 5 com 147 (77-70).

Na 14,1 a 19,4, Jorge Chan, do São Paulo GC, foi campeão com 148 (74-74) tacadas, ao superar Dazio Vasconcelos, do Ipê, que somou 148 (68-80), e ficou com o vice-campeonato nos critérios de desempate. O terceiro lugar também foi decidido pelos critérios de desempate, entre dois jogadores do Ipê, com 149: Marcelo Rezende (77-72), que levou a melhor sobre Valdemir Prado (73-76).

Na 19,5 a 25,7, só deu Ipê no pódio. Luiz Eduardo Moreira venceu com 141 (69-72), seguido por Filipe Jun, com 148 (74-74) e por Sérgio Castro, com 149 (76-73). Rodrigo Borges, o Peixe, do Terras de São José, terminou em quarto, com 151 (78-73). Houve ainda uma categoria especial para os com handicap de 25,8 em diante, na modalidade stableford, com pódio só do Ipê: Mario Whately venceu com 68 (36-32), seguido por Moacir Tonani, com 67 (31-36), e por José Carlos Oliveira, com 65 (34-31).

Feminino

Entre as mulheres, Isadora Fernal sofreu muito com o vento do primeiro dia, mas melhorou sete tacadas no domingo, para ser campeã com 161 (84-77) tacadas. Monica Marques Fontes, ao contrário, jogou pior na volta final e terminou em segundo, com 178 (88-90). Já na classificação por handicaps índex até 16, as posições se inverteram e Mônica foi campeã com 144 (71-73).

Na 16,1 a 19,4, dobradinha do Ipê, com Vera Regina Paro Ferreira sendo campeã com 143 (70-73), seguida por Rosvita Vianna, com 150 (74-76). Cristina Rosel, do Damha, ficou em terceiro, com 155 (79-76) ao superar outras duas golfistas nos critérios de desempate: Li Lian Mizikami (78-77), do Clube de Golfe de Campinas, e Leila Scorsolini (77-78), do Ipê.

Premiação

A premiação foi feita em duas etapas, para evitar aglomerações. Mauro Batista, diretor executivo da FPGolfe e diretor do torneio, apresentou a cerimônia, que teve a mesa composta por Ademir Mazon, presidente da FPGolfe, Umberto Carvalho, presidente do Ipê, e Renato Nogueira Filho, capitão do clube. Todos elogiaram a qualidade do campo do Ipê que, em meio a uma das mais severas estiagens da região, estava com tees, raias e greens em excelentes condições de jogo.

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