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Melle e Valentina Bosselmann vencem o Campeonato Bandeirantes

por redação

Alessandro Melle e Valentina Bosselmann venceram o Campeonato Bandeirantes / Fotos: Thais Pastor/F2 Assessoria

Alessandro Melle, do Campinas Golf Center, e Valentina Bosselmann, do Itanhangá, venceram de virada o Campeonato Bandeirantes de Golfe – 2022, que abriu o calendário de competições brasileiras válidas para o ranking mundial amador de golfe (WAGR), de sexta-feira a domingo, 11 a 13 de março, no Ipê Golf Club de Ribeirão Preto (SP). O torneio teve patrocínio institucional de Honda e Mazars. A organização foi da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe), com supervisão e apoio do R&A, Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR), Confederação Brasileira de Golfe (CBGolfe) e Ipê Golf Club de Ribeirão Preto (IPGC).

Para Melle, que foi um dos melhores juvenis do Brasil, mas parou com o golfe por 8 anos, depois que entrou na faculdade, só retornando em 2021, foi uma conquista histórica. Ele já havia vencido um torneio do ranking paulista, mas nacional, e ainda mais valendo para o WAGR, foi o primeiro. “Passei uma vida inteira treinando e o maior resultado só veio agora, depois de uma longa ausência, quando voltei jogando o melhor golfe de minha vida”, disse Melle, ainda no green do 18, com os olhos mareados, ainda sem acreditar que havia vencido e entrado para o WAGR, o sonho de todo amador.

Virada

Melle não jogou bem no primeiro dia, quando jogou seis acima, sem nenhum desastre, mas também sem um birdie sequer. Tudo mudou na segunda rodada, quando fez cinco birdies, três deles na manhã de domingo, no complemento do dia anterior, que foi atrapalhado por uma interrupção de duas horas por causa de raios, para jogar duas abaixo, a melhor volta do torneio e ser líder por uma.

Na terceira rodada, à tarde, foram mais cinco birdies, para jogar uma acima e ser campeão por três tacadas de vantagem com 221 (78-70-73) tacadas, cinco acima do par, no total. “Nas duas últimas rodadas, o meu putter fez toda a diferença”, conta Melle. Dei 25 putts na segunda volta, para fazer cinco birdies, e hoje, na volta final, errei mais, mas voltei a fazer cinco birdies; estava embocando muito.”

Destaques

Matheus Balestrin, do Porto Alegre Country Club, outro que parou de competir, mas por três anos, por causa faculdade que cursou em Portugal, foi o líder do primeiro dia, com uma acima, e começou a volta final em segundo, uma atrás de Melle, depois de ter jogado dois acima no complemento da segunda rodada e assinado um cartão de 77 tacadas. No domingo, Balestrin começou a se afastar da liderança com um duplo bogey-6, no buraco seis, antes de devolver outra tacada até o final. Terminou em quinto, com 226 (73-76-77) tacadas, carente de ritmo de competição.

Fernando Silva, o número 1 de São Paulo, companheiro de Melle no Campinas Golf Center, também começou a volta final em segundo, perdendo por uma, mas jogou seis acima na segunda metade do campo, com direito a duplo bogey-6 no 18. Terminou em sexto, com 229 (74-76-79), em seu primeiro torneio de uma temporada onde decidiu investir nos torneios nacionais.

Recuperação

Com tantos problemas dos adversários, os jogadores do penúltimo grupo, o vice-pelotão, aproveitaram para atacar. Quem se deu melhor foi Ulisses de Toledo Junior, do Alphaville, do Paraná, que começou o dia em sexto, perdendo por seis tacadas. Ulisses abriu o domingo com dois birdies e fez mais dois nos três buracos finais, de um total de seis, para jogar duas abaixo, igualar a melhor volta da semana e ainda ser o vice-campeão, com 224 (78-76-70) tacadas. Ulisses foi o recordista de birdies na semana – 12 no total – mas também foi cinco duplos-bogeys, contra nenhum de Melle.

O terceiro lugar, com 225 tacadas, foi dividido entre Marcos Negrini, do Damha (76-75-74), que melhorou de resultado a cada dia em sua reestreia como amador; e Matheus Park, do Paradise, que teve chance de subir ao pódio antes de fazer um duplo bogey no 18, depois que deixou a bola encostada na cerca de fora de campo, com seu drive. Tentando jogar de costas para o green, ele deu um air shot que ninguém percebeu, mas Matheus fez questão de reportar ao marcador, e depois só empurrou a bola alguns metros para a frente.

Handicaps

Na categoria com até 8,5 de handicap, João Bossetto, do Arujá, venceu com 217 (74-76-67) net, seguido por Rogério Cardoso, do Damha, com 219 (73-71-75), e por Balestrin, com 220 (71-74-75). Nas demais categorias, que jogaram 36 buracos, foram premiados o campeão gross e os dois melhores nets.

Na 8,6 a 14, o campeão gross foi Renato Nogueira Filho, capitão do Ipê, com 163 (83-80). Na classificação net (descontado o handicap), Umberto Carvalho, presidente do Ipê, foi campeão com 140 (74-66) tacadas, seguido por Sérgio Figueiredo, também do Ipê, com 141 (73-68). Na 14,1 a 19,4, também só deu Ipê. Valdemir Prado foi campeão gross, com 184 (94-90) tacadas, enquanto na net vencia Luiz Cassiano Rosolen, do Sapezal, com 149 (77-72), mesmo resultado do vice, Serginerio Vanderlinde, do Riacho Grande, que também somou 149 (76-73), mas perdeu o primeiro lugar nos critérios de desempate.

Na 19,5 a 25,7 também só deu Ipê no pódio. Sérgio Castro foi campeão gross com 181 (89-92), enquanto na net o campeão foi Marcelo Pedro, com 148 (72-76), seguido por Ricardo Lutti, com 149 (81-68). Houve ainda premiação separada para os melhores seniores e pré-seniores da categoria scratch. Na pré-sênior (40 a 54 anos) Rogério Cardoso, do Damha, levou mais um troféu ao ser campeão com 237 (79-77-81) tacadas, seguido por Matheus Castelli, do Ipê, com 253 (85-89-79). Na sênior, o campeão foi Carlos Eduardo Barroso, do São Fernando, com 273 (89-91-93).

Feminino

No feminino, Valentina Bosselmann, do Itanhangá, de 16 anos, que entrara para o ranking mundial ao vencer o Amador do Brasil no final de 2021, venceu seu segundo grande torneio, de virada, ao fazer os melhores resultados das duas voltas finais. Vavá foi campeã com 237 (82-76-79) tacadas, 24 acima do par, o limite exato para que o resultado valesse para o WAGR.

Marina Nonaka, do Arujá, a número 1 de São Paulo e do Brasil, também de 16 anos, que liderou os dois primeiros dias, começou a rodada final com dois duplos bogeys em quatro buracos e não mais se recuperou, Fez sua pior volta da semana, sem um birdie sequer, para terminar em terceiro, com 239 (79-77-83) tacadas.

Mais destaques

A gaúcha Maria Eduarda Cheuiche, do Dunas, de 14 anos, também somou 239 (81-78-80) para levar o troféu de vice-campeã nos critérios de desempate. Gabriela Castro, do São Fernando, também de 14 anos, terminou em quarto, com 242 (83-79-80), seguida por Maria Silveira, de Bauru, com 244 (82-79-83).

Na classificação por handicaps até 16, a campeã foi Mônica Fontes, do Ipê, com 220 (72-71-77), seguida por Gabriela Castro, com 224 (77-73-74), e por Maria Silveira, com 226 (76-73-77). Já na 16,1 a 25,7, a campeã gross foi Bo Kyung Lee, do Paradise, com 190 (94-96). No net venceu Cecília Azevedo, do Ipê, com 156 (80-76), seguida por Li Lian Mizikami, do Clube de Golfe de Campinas, com 165 (82-83).

Premiação

Mauro Batista, diretor executivo da FPGolfe, apresentou a entrega de prêmios, que teve a mesa formada por Ademir Mazon, presidente da FPGolfe; Umberto Carvalho, presidente do Ipê, e seu capitão Renato Nogueira; e por Uipiquer dos Santos e Humberto Carvalho, da Mazars.

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