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Pedro Miyata vence o Aberto do Clube de Campo

por redação

Foto: Thais Pastor, F2 Assessoria

Num final emocionante envolvendo quatro jogadores, de três diferentes gerações, que terminaram separados por apenas uma tacada, Pedro Miyata, do São Fernando, venceu de ponta a ponta o 51º Campeonato Aberto do Clube de Campo de São Paulo, encerrado neste domingo, 10 de outubro, com um tempo frio e chuvoso, que predominou por todo o final de semana. A competição disputada no campo ao lado da Represa de Guarapiranga, na capital paulista, valeu para os rankings masculinos da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe).

O título foi de grande importância para Miyata, que está em seu último ano de pré-juvenil e viaja nesta sexta-feira, 15, para defender o Brasil no Campeonato Sul-Americano da categoria de até 15 anos, que será jogado em Quito, no Equador, juntamente com o Sul-Americano Juvenil, para jogadores de 16 a 18 anos. Resultado que enche Miyata de confiança para sua estreia com a camisa do Brasil em competições individuais.

Melhores voltas

“No domingo passado eu fiz a melhor volta da rodada final para terminar em quinto lugar no Aberto do São Fernando, um torneio com muitos dos melhores do Brasil, e agora fiz a melhor volta do torneio no sábado, para vencer aqui no Clube de Campo, comemora Miyata, que dedicou o título à sua mãe, Fernanda, que sempre carrega sua bolsa de tacos nas competições. “Ela não dá palpites sobre o jogo em si, mas está sempre me incentivando e me acalmando nos momentos em que é preciso”, diz o campeão.

Miyata colocou uma mão na taça ao jogar 71, o par do campo, em sua estreia, jogada debaixo de chuva, e abrir duas tacadas de vantagem, depois de fazer três birdies e três bogeys. “Ele fez a melhor volta da vida dele”, atesta Roberto Gomez, 12 vezes campeão do Aberto do Clube de Campo, que jogou ao seu lado na estreia. “Ele jogou muito sólido, errou pouco e salvou pares importantes”, conta o Gomez, que jogou nove tacadas a mais do que o pré-juvenil.

Vitória apertada

A “gordura” acumulada no primeiro dia permitiu a Miyata ser campeão, mesmo jogando a pior volta entre os 16 primeiros colocados. Foram 79 tacadas, oito acima do par, e sem fazer um birdie sequer, em muito fruto do nervosismo que o fez terminar com dois bogeys, um deles com três putts no 18, e quase ceder o empate.

Na verdade, por algum tempo pensou-se que havia playoff, pois o placar do grupo logo mostrava Guilherme Ziccardi, juvenil de 15 anos, que jogava em casa, empatado em primeiro, mas por erro do marcador que não percebeu que ele havia feito bogey no buraco 16. Só na entrega dos cartões, desfez-se a confusão. Guilherme, que errou um putt para birdie no 18, terminou com 151 (76-75) tacadas, uma atrás de Miyata que venceu com 150 (71-79).

Penalidade

Quem quase conseguiu levar o jogo para o desempate foi Pedro da Costa Lima, o Pepê, do São Paulo GC, de 33 anos, que saiu bem da banca do 18, mas errou o putt para salvar o par e foi mais um a terminar com 151 (76-75) tacadas, resultado que lhe deu o vice-campeonato nos critérios de desempate, deixando Guilherme com o troféu de terceiro lugar. Pepê, na verdade, teria vencido o torneio por uma tacada de vantagem, não fossem as duas tacadas de vantagem que recebeu no buraco 1, por ter se apresentado com atraso para começar o jogo.

“Em mais de 20 anos de golfe, isso nunca me havia acontecido”, lamenta Pepê, que colocou na cabeça que começaria a jogar às 12h30, quando na verdade seu horário era às 12h30. “O pior é que eu estava no clube havia mais de uma hora, treinando putts, e quando cheguei ao tee de saída meus dois parceiros já haviam batido”, conta. “Felizmente meu atraso não foi superior a cinco minutos, ou em vez de duas tacadas de penalidade eu seria desclassificado”.

Mais destaque

Outro a empatar em segundo lugar, mas que ficou sem troféu nos critérios de desempate, foi Luiz Augusto Pereira de Almeida, o Gugu, do São Paulo GC, de 61 anos, a terceira geração de atletas empatada nesta colocação, algo que só o golfe pode propiciar. Gugu, que vinha da conquista do título de campeão sênior do Aberto do São Fernando, fez birdie no 18 para ser o terceiro a somar 151 (74-77) tacadas.

Leonardo Yoshikawa, de Bastos, que começou o dia sozinho em segundo lugar, afastou-se da liderança ainda na primeira metade do campo, antes de terminar em quinto, com 152 (73-79) tacadas, duas atrás do campeão. Destaque ainda para Rafael Ziccardi, irmão mais velho de Guilherme, que fez a melhor volta do domingo e segunda melhor do torneio para ainda ficar em sexto, com 156 (83-73) tacadas, empatado com Fernando Silva, do Campinas Golf Center, o número 1 do estado, que somou 156 (80-76). Roberto Gomez, dodecacampeão do torneio, ficou em oitavo, com 157 (80-70).

Handicaps

Fernando Barreto, do Clube de Campo, campeão do torneio em 2014, empataria com Gomez em oitavo lugar, mas como jogou usando um cart seu resultado só valeu para a categoria por handicap índex até 8,5, que ele venceu com 147 (75-72) tacadas, cinco acima do par. Guilherme ficou empatado com ele, mas como foi premiado na categoria principal, o troféu de vice-campeão foi para seu irmão Rafael, com 150 (80-70) tacadas. João Pedro Bosseto, do Arujá, também somou 150 (76-74) e ficou com o troféu de terceiro lugar nos critérios de desempate (melhor segundo dia).

Na 8,6 a 14, Benedito Roque Pinto de Souza, do Riacho Grande, venceu com 143 (75-68) tacadas, uma acima do par, seguido por Cássio Filizola, do Clube de Campo, com 144 (73-71), e por Jaime Chung, do Guarapiranga, com 148 (74-74). Na 14,1 a 19,4, venceu Jair Carmona, do Vila da Mata, com 143 (69-74) tacadas, seguido por dois jogadores do Riacho Grande: William Souza Muniz, com 145 (79-66), e Jorge Nagai, com 147 (81-66).

Mais premiados

E na 19.5 a 25,7, o campeão foi Osmar da Costa Sobrinho, presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBGolfe), do Clube de Campo, com 146 (71-75) tacadas. Fernando Guimarães Molena, do Riacho Grande foi o vice, com 148 (79-69). O terceiro lugar ficou para Ênio Ribeiro, do Clube de Campo, com 151 (75-76). Ênio foi um dos principais responsáveis pela vinda ao Brasil dos torneios profissionais internacionais, com o PGA Tour Latinoamérica, e LPGA Tour. Para evitar aglomerações, a premiação foi feita em duas etapas e sem uma cerimônia formal para a entrega dos troféus.

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