Valentina Bosselmann e Marcos Negrini vencem Campeonato Bandeirantes // Fotos: Thais Pastor/F2 Assessoria
O Campeonato Bandeirantes de 2023, encerrado neste domingo, 26 de março, no Terras de São José Golfe Clube, em Itu, foi marcado por três feitos notáveis, a começar pelo de Marcos Negrini, do Damha, que jogou 12 abaixo do par no final de semana, para bater o recorde da competição, vencer o torneio pela quarta vez, nove anos depois de ter sido tricampeão, ainda juvenil, de 2012 a 2014, e igualar a marca de Roberto Gomez, o outro único tetracampeão do torneio, que venceu em três décadas diferentes (1996, 2001, 2006 e 2010). O torneio organizado pela Federação Paulista de Golfe (FPGolfe) valeu para o ranking mundial amador de golfe (WAGR) e para os rankings nacional e estadual.
Entre as mulheres, destaque para o título da juvenil Valentina Bosselmann, do Itanhangá, número 1 do Brasil, que venceu de ponta a ponta, por 10 tacadas de vantagem, para defender com sucesso o título ganho em 2022, permanecendo invicta no Campeonato Bandeirantes. E destaque ainda para o vice-campeonato da pré-juvenil Beatriz Menga, do São Fernando, de apenas 13 anos, resultado que fez dela uma das três mais jovens brasileiras a entrar para o ranking mundial amador de golfe (WAGR). Normalmente é preciso vencer um torneio do WAGR para entrar na lista, mas devido ao elevado nível técnico da competição, a segunda colocada também pontuou.
Festival de birdies
Negrini estava numa semana inspirada, como nem ele mesmo lembra de outra igual. Depois de jogar duas abaixo na estreia, com três birdies, na sexta-feira, Negrini não parou mais de embocar. Fez seis birdies no sábado, para jogar cinco abaixo, e mais dez birdies no domingo, para marcar sete abaixo, melhor volta do torneio, e ser campeão com 202 (70-67-65) tacadas, 14 abaixo do par. Seu total melhorou o recorde do torneio, de 12 abaixo, que pertencia ao coreano Jin Bo Há, desde 2018, quando ele conquistou seu terceiro título seguido, jogando no próprio Terras de São José.
Além dos 19 birdies em 54 buracos, Negrini fez 16 deles nos últimos 36 buracos, incluindo um final memorável com birdies seguidos no 16, 17 e 18. Negrini, que jogou seis abaixo nos pares 5, fez os dois melhores resultados de todo o torneio no final de semana e foi o único entre os 33 jogadores scratch a jogar todos os dias abaixo do par. Além dele, apenas Andrey Borges, que agora defende o Clube de Golfe de Brasília e levou o troféu de vice-campeão nos critérios de desempate, com 213 (76-68-69) tacadas, três abaixo, e Matheus Balestrin, do Porto Alegre Country Club (PACC), que empatou em segundo, com 213 (70-74-69), conseguiram quebrar o par do campo – duas vezes cada – na semana.
Houve ainda prêmios para os dois melhores pré-seniores (40 a 54 anos) scratch, que foram para Alessandro Fonseca, do Clube de Golfe de Campinas, com 234 (82-76-76) e para Jocimário Souza, do Santa Mônica, com 235 (80-78-77), e para o melhor sênior (55 anos em diante), ganho por Edson Silva, do Guarapiranga, com 254 (88-82-86).
Handicaps
Na classificação por handicaps índex, o pódio da até 8,5 (não acumulável com a classificação scratch, teve Fernando Silva, do Campinas Golf Center, em primeiro, com 216 (73-73-70); Filipe Rossi, do Terras de São José, em segundo, com 217 (72-74-71); e Matheus Balestrin, do PACC, em terceiro, com 219 (72-76-71), ao superar Alessandro Fonseca, do Clube de Golfe de Campinas, que também jogou 219 (77-71-71), mas perdeu o troféu de terceiro lugar nos critérios de desempate.
Nas demais categorias, que jogaram dois dias valendo para os rankings da FPGolfe, foram premiados o melhor resultado gross e os dois melhores net. O campeão gross da categoria com handicap índex de 8,6 a 14 foi o juvenil Arthur Fernandes, do Terras de São José, com 166 (86-80) tacadas. Os prêmios de melhores net foram de Flavio Costa, do Portal Japy, campeão com 139 (70-69), e Luiz Fernando Silva, do Clube de Golfe de Campinas, vice com 143 (75-68).
Mais premiados no Campeonato Bandeirantes
Na 14,1 a 19,4, o melhor gross foi de William Souza Muniz, do Riacho Grande, com 173 (91-82), ao superar Byen Soon Wook, do Clube de Golfe de Campinas (86-87), nos critérios de desempate. Os melhores net foram de Jair Carmona, do Vila da Mata, com 139 (64-75), e de Edison Hirano, do Riacho Grande, com 140 (70-70). Fabien Dupret, do Sapezal, também jogou 140 (70-70), mas perdeu o troféu nos critérios de desempate.
E na 19,5 a 25,7, Marcelo Rockett, do Sapezal, foi o campeão gross com 187 (88-99) tacadas. Já os troféus net ficaram para Rodrigo Borges, do Peixe, do Terras de São José, com 139 (62-77) tacadas, e Ernesto Brezzi, do Sapezal, vice com 142 (69-73) tacadas.
Feminino
A vitória de Valentina Bosselmann entre as mulheres no Campeonato Bandeirantes também foi de ponta a ponta, com 216 (73-70-73) tacadas, o par do campo como uma das duas únicas voltas abaixo do par da semana, no sábado. Valentina, que já era a brasileira mais bem colocada no ranking mundial, fez seis birdies e seis bogeys, o suficiente para ir ampliando sua vantagem a cada dia.
Beatriz Menga, São Fernando, de 13 anos, que estreou em competições oficiais nesta temporada, depois de ter sido uma das melhores do Brasil Kids, não jogou bem no primeiro dia, mas foi a única, além da campeã, a jogar abaixo de 80 todos os dias, e ainda comemorou muito o par de campo (72) do sábado, que foi decisivo para ela ser a vice-campeão e entrar para o WAGR. Só duas meninas brasileiras entraram para o ranking mundial mais jovens do que ela: Maria Eduarda Souza, do Arujá, em janeiro deste ano, aos 12 anos; e Gabriela Castro, do São Fernando, em outubro de 2021, aos 13 anos.
Maria Eugenia Peres, do Campestre de Pelotas fez a outra única volta abaixo do par da semana para terminar em terceiro, com 228 (81-77-70) tacadas, seguida por três juvenis: Ana Helena Cunha, de Londrina, com 234 (80-73-81) tacadas; Maria Eduarda Cheuiche, do Dunas Clube, com 234 (82-75-77), e Maria Eduarda Souza, do Arujá, com 238 (78-80-80). Lauren Grinberg, do Lago Azul tetracampeã do Bandeirantes (2013, 2016, 2017 e 2019), que voltou a competir após um longo tempo parada, ficou a seguir, com 239 (82-77-80).
Na classificação até 16, não acumulável com as duas da scratch, Maria Eugenia Peres, do Campestre, somou 213 (76-72-65) tacadas para levar o troféu de campeã, ao superar Gabriele Rodrigues, do Arujá, que também somou 213 (71-78-64), mas ficou com o troféu de vice-campeã nos critérios de desempate. Na 16,1 a 25,7, Joelma Rodrigues, do Riacho Grande, foi a campeã gross com 185 (95-90), enquanto os melhores net iam para Catherine Duvignau, do São Fernando, com 160 (80-80), e para Li Lian Mizikami, do Clube de Golfe de Campinas, com 171 (82-89).